Foi um dos melhores compactos da Europa, mas nunca mais terá um motor de combustão

Durante muitas décadas, o segmento dos compactos foi o mais importante na Europa em volume de vendas. Todas as marcas competiam na categoria com pelo menos um modelo, mas poucos alcançaram a popularidade do Renault Mégane. O compacto francês foi um dos poucos que conseguiu enfrentar o reinado do Golf. Sua primeira geração foi lançada no mercado em 1996 como o substituto do já lendário Renault 19. Seu futuro está garantido, mas dirá adeus aos motores de combustão.

A Renault tomou uma decisão e não pensa em olhar para trás. Embora o mercado de carros elétricos na Europa ainda esteja muito aquém das estimativas iniciais, os franceses acreditam que o futuro é elétrico. Há anos, eles vêm eliminando, progressivamente, muitas de suas mecânicas de combustão, inclusive aqueles motores diesel que tiveram tanta fama. Hoje, a eletrificação se tornou a espinha dorsal da casa francesa. O Mégane que conhecemos ao longo desses 30 anos desaparecerá para sempre.

"Não há espaço para um Mégane com motor de combustão"

Assim confirmou Guido Haak, membro do conselho de administração da Renault, a um conhecido meio alemão. Apesar de que o próprio Haak reconhece que, dada a situação europeia, estão obrigados a continuar desenvolvendo motores elétricos e térmicos, isso não significa que a próxima geração do Mégane vá chegar com motores de combustão. O problema já não é tanto a normativa europeia, mas a excessiva oferta que a Renault tem à venda. Os franceses precisam fazer uma limpeza no armário e o Mégane, como já supúnhamos, desaparecerá da oferta.

Supúnhamos isso porque a Renault já havia deixado entrever sua estratégia com o lançamento do Mégane E-TECH (100% elétrico) em 2022. A última geração do compacto foi apresentada em 2016 e desde então mal sofreu mudanças além de uma leve atualização em 2020. O ano que vem nos dirá adeus definitivamente, ficando o elétrico como o único Mégane à venda na Europa. Este sim sofrerá uma interessante renovação que melhorará suas condições elétricas. Já foi visto em algumas ocasiões de seu programa de testes.

Em uma linha completamente diferente, a Renault não pensa em modificar a gama de um de seus carros mais vendidos, o Clio. A nova geração foi apresentada há poucos dias com consideráveis mudanças de design e tecnologia. No entanto, sob o capô, o novo Renault Clio continua apostando em uma estrutura mecânica tradicional. Todas as unidades chegam associadas a um motor a gasolina, com a única exceção do Clio E-Tech que é acompanhado de um sistema híbrido de etiqueta ECO. Outra grande despedida será a do Renault Arkana. Apesar de seu sucesso, os franceses pensam liquidá-lo muito em breve.