O segredo da Stellantis para que os freios dos carros elétricos não poluam
Já sabemos que, em menos de dois anos, entrará em vigor a norma de emissões Euro 7, e que os elétricos também estão no alvo da Europa. A poeira dos freios se tornou a obsessão número 1, por isso fabricantes e fornecedores buscam como reduzi-las. A Stellantis também tem sua própria solução.

Acreditava-se que estariam fora do controle das emissões por parte de Bruxelas, mas diversos estudos científicos confirmaram o alto grau de toxicidade que têm as emissões geradas pelos freios nos carros elétricos. Estas são objeto de uma atenção especial por parte das autoridades europeias, e os que também têm uma série de requisitos a cumprir na nova norma de emissões Euro 7.
A grande maioria dos fabricantes está envolvida em encontrar uma fórmula que seja barata e pela qual não tenham que recorrer aos fornecedores. Uma missão mais do que complicada e à qual muitos se verão obrigados a ceder, já que são os fabricantes de componentes os mais avançados nesta matéria. A Brembo já tem um sistema que reduz consideravelmente as emissões, mas a Stellantis é uma das que vai por conta própria e quer seu próprio sistema.

A Stellantis busca solução para a poeira dos freios de seus elétricos
O que foi filtrado do registro europeu de patentes e que colegas australianos encontraram. Um documento no qual se detalha uma solução que segue os passos do grupo Volkswagen e seus elétricos. Sim, parte da solução do gigante franco-italiano passa por voltar também aos freios de tambor, mas nos quais foi adicionado um ímã.
As nocivas emissões geradas pelos freios ocorrem quando a pastilha e o disco ou a sapata e o tambor friccionam, liberando uma poeira e partículas que são extremamente prejudiciais ao respirar. As formas de coletá-las variam de um para outro, chegando a optar por filtros especiais. No entanto, a aposta da Stellantis é que o ímã se encarregue de coletá-las, afinal, essas partículas são metálicas e, especialmente, ferro, do qual são feitos a grande maioria dos discos de freio de carros normais.
A regeneração dos freios e um ímã, a solução perfeita?
A ideia é interessante, mas encerra importantes dúvidas porque, no caso dos freios a disco, que permanecem ao ar, reter as partículas se torna mais do que complicado, por isso a patente aponta para banhar a superfície do disco com um filme magnético. Mesmo assim, não seria completamente efetivo.
Nem o do tambor, porque não se sabe onde acabariam todas as partículas coletadas pelo ímã, peça que exigiria uma manutenção contínua aumentando os custos para o bolso do cliente. E isso que nos carros elétricos a manutenção dos freios é menor, devido à tremenda efetividade dos sistemas de regeneração de energia que aumentam a vida útil dos tambores.