Este S1 LM de Gordon Murray tem dois volantes, mas o mais surpreendente não é isso
Esta unidade exclusiva do exuberante supercarro criado pelo genial designer Gordon Murray, o S1 LM que tanto lembra o McLaren F1, incorpora um segundo volante, mas não no habitáculo. Vamos te contar para que serve.

No mês passado, a marca criada pelo famoso designer Gordon Murray apresentou o S1 LM, uma homenagem moderna ao mítico McLaren F1 GTR dos anos 90. Baseado no GMA T.50, foram fabricadas apenas cinco unidades, todas vendidas antecipadamente.
O S1 LM mantém a filosofia purista de Murray: três assentos em disposição central, câmbio manual de seis marchas e um motor V12 atmosférico Cosworth de 4,3 litros que supera os 700 CV e gira a mais de 12.000 rpm.
Esteticamente, lembra os protótipos de resistência dos anos 90: quatro escapamentos centrais, aerofólio traseiro proeminente, faróis minimalistas, entradas de ar laterais, tomada no teto e rodas de porca central. Quanto ao interior, combina Alcântara, couro e costuras em xadrez, com um claro enfoque de carro de corrida adaptado para a estrada.
Assim é o Gordon Murray S1 LM com dois volantes
Por tudo isso, o S1 LM não é apenas um carro, mas uma peça de colecionador destinada a ser guardada mais do que a circular, com um valor estimado próximo a 15 milhões de euros. Representa a essência de Murray: leveza, pureza mecânica e resistência à eletrificação, um autêntico manifesto contra a era do silêncio no automóvel.
Agora, existe uma unidade ainda mais exclusiva…
Um S1 LM com dois volantes
Como já mencionamos, o S1 LM criado pela marca de Gordon Murray é mais um carro de coleção do que um veículo para circular habitualmente. E precisamente por essa razão, foi criada uma unidade com dois volantes. Por quê? A razão principal é que esta se destina a ser exibida e este segundo volante cumpre uma função prática.
Em consequência de suas grandes dimensões e que esta unidade em particular não conta com um motor funcional — nem tampouco com um interior acessível — foi incorporado um segundo volante na parte traseira. Este fica conectado à direção do eixo dianteiro e permite que um operador manobre com facilidade para colocá-lo e retirá-lo do caminhão ou movê-lo pelas salas em que é exibido.

Mais além do anedótico, este detalhe reflete a filosofia de Gordon Murray: mesmo em algo tão secundário como mover um carro sem motor, a solução é simples, engenhosa e cem por cento mecânica. Nada de plataformas elétricas nem sistemas remotos: um volante, uma barra de direção e mãos humanas. Tão básico quanto brilhante.
E aí reside parte da magia do S1 LM. É um carro que não está pensado para rodar pela rua nem para acumular quilômetros, mas para ser contemplado. Uma peça que se move entre automóvel e escultura, que nunca rugirá a 12.000 rpm, mas que mesmo em repouso demonstra que Murray sabe transformar qualquer ideia em um gesto de genialidade.
Fuente: thedrive.com