A Europa pode abrir a porta para elétricos urbanos mais baratos, mas Skoda e SEAT se opõem
A Skoda apresentou há poucos dias uma versão muito próxima da produção do seu próximo carro urbano elétrico, o Epiq, mas ainda há espaço no mercado para lançar um modelo ainda menor baseado no futuro ID.1. Será que isso realmente acontecerá?

Na última semana, o IAA Mobility de Munique foi o protagonista e, entre todas as novidades apresentadas, o Grupo Volkswagen levou boa parte das manchetes. A nova geração de veículos urbanos elétricos está prestes a se tornar realidade.
Volkswagen ID. Polo, ID. Cross, CUPRA Raval e Skoda Epiq entrarão em breve no segmento B com suas propostas cem por cento elétricas, com preços a partir de cerca de 25.000 euros. Mas na equação, como você sabe, falta um modelo ainda.
Abaixo, diretamente no segmento A, haverá um modelo da Volkswagen que se baseará no ID. Every1 e que deve se chamar ID. Up, também baseado na plataforma MEB Entry. Este protótipo daria origem a que SEAT e Skoda ressuscitassem os bem-sucedidos Mii e Citigo, mas ambas as marcas não estão tão convencidas.

A Skoda confiará em seus pequenos a gasolina
Há alguns meses, um meio internacional afirmou que a Skoda não queria ter sua própria versão do ID.1, um modelo que deveria custar cerca de 20.000 euros e que não garante uma boa rentabilidade atualmente.
Agora, no pleno IAA de Munique, foi o CEO da Skoda, Klaus Zellmer, quem oficializou o “não” da marca tcheca a um potencial retorno do Citigo elétrico. “Acreditamos que com os Fabia, Kamiq e Scala, e o preço que podemos alcançar no mercado, estamos em uma posição sólida. Preferimos olhar para o outro extremo”, afirmou ao meio britânico Autocar.
Com o outro extremo, ele se refere claramente ao SUV de sete lugares do qual falamos há alguns dias. E é que a Skoda está trabalhando para dar vida ao Vision 7S que apresentou em 2022 em formato protótipo, que coroará a gama Skoda a partir do ano que vem.

Assim, o recém-apresentado Epiq será o elétrico mais pequeno da gama Skoda, assim como o Raval será na casa SEAT-CUPRA, que também descartou o retorno do Mii.
“A Volkswagen sempre foi a marca que cobre tudo. É preciso tomar decisões e perguntar: queremos um veículo elétrico nesse segmento ou acreditamos que Fabia, Kamiq e Scala são os que nos oferecem mais em termos de lucros e recuperação do nosso investimento?”, conclui Zellmer.
O chefe de vendas da Skoda, Martin Jahn, também deixou outra manchete interessante, que é que tanto Fabia quanto Kamiq adotarão a tecnologia híbrida em um futuro muito próximo.

A reunião que pode mudar tudo
A União Europeia se reunirá com fabricantes e agentes do setor automotivo esta semana para definir o futuro da indústria e, sobretudo, decidir se 2035 permanece como a data para a proibição dos veículos de combustão, entre outros assuntos.
Como por exemplo, a criação na Europa de uma nova categoria regulatória para carros elétricos pequenos, os “E-Car”, no mais puro estilo dos “kei cars” que são vendidos no Japão. As marcas estão há algum tempo pedindo novas normas para poder adaptar de forma mais simples veículos pequenos com tecnologia elétrica.
A aprovação de uma categoria assim tornaria seu desenvolvimento mais rentável para as marcas, justamente pelo que a Seat e a Skoda desistem com Mii e Citigo, por isso poderíamos ver como essas poderiam reconsiderar suas decisões.
“Conseguir margens positivas no ID.1 será difícil”, diziam até pouco tempo os dirigentes da VW. Tudo pode mudar em um piscar de olhos.
* Esta notícia é uma tradução por IA do conteúdo original. Motenic.com faz parte do Motor.es.
Fuente: Autocar
