A Fernando Alonso faltam 22 pontos
16 grandes prêmios dão para muito e a Aston Martin acredita que Fernando Alonso deveria ter somado 22 pontos a mais do que realmente tem. Isso colocaria a equipe britânica a apenas dois do quinto classificado, Williams.

Uma temporada de Fórmula 1 dá lugar a muitas interpretações, mas provavelmente todos concordaremos que nenhum dos dois pilotos espanhóis está tendo boa sorte este ano.
Carlos Sainz sofreu numerosos inconvenientes — muitos deles provocados por terceiros — e Fernando Alonso também não pode se gabar de ter aproveitado todas as oportunidades, principalmente por problemas de confiabilidade, más estratégias ou carros de segurança inoportunos.
«Enquanto o ano que vem tenhamos um bom carro, teremos sorte»
A desistência de Monza
Boas exemplos disso são a quebra de motor em Mônaco quando Alonso tinha a sexta posição garantida ou a desistência de Monza, quando a oitava já era dada como certa. E precisamente deste último acontecimento falou o asturiano, após confirmar que a quebra de suspensão ocorreu por causas externas à equipe e ao monoplaca.
«Não, a verdade é que não», responde Alonso ao ser perguntado se ficou surpreso com a notícia. «Me disseram já na segunda ou terça-feira depois da corrida. Eu já sabia que não era por pisar o piano. Foi apenas uma falha da suspensão. Se não foi algo de produção ou de controle de qualidade, obviamente é melhor».
«É apenas má sorte, é uma pedra. Mas, sim, nada que possamos fazer agora. Infelizmente, outra vez má sorte e novos pontos que perdemos na corrida, lamenta Fernando Alonso.
Não haverá modificações no carro
Após a quebra de suspensão, especulou-se sobre a necessidade de que Aston Martin reforçasse os braços de suspensão de seus monoplacas. No entanto, Fernando Alonso nega que isso seja necessário.
«Não, não acho. Você sempre estará exposto a alguns objetos externos que podem ir em direção ao carro», argumenta o espanhol. «Mas o que nos aconteceu acontece em um em cada dez milhões de casos. Então, vamos esperar que em dez milhões de corridas não tenhamos outra falha como essa».

«Essas coisas podem acontecer… lembro de 2022, quando o carro não estava tão mal, o Alpine, e éramos competitivos», acrescenta Alonso, lembrando seu último ano com a equipe de Enstone. «E sofri as desistências, sempre nas corridas em que ia terminar em quinto ou sexto. Acho que naquele ano a equipe contabilizou uns 55 ou 60 pontos perdidos».
«E este ano já levamos 22, acho», afirma em seguida. «É uma pena que não possamos terminar as corridas por méritos próprios quando estamos na zona de pontos. E depois, quando vamos lentos, porque não somos competitivos, normalmente tudo vai bem até que baixamos a bandeira quadriculada e não somamos pontos».
«Mas assim são as coisas, assim é o esporte. Enquanto o ano que vem tenhamos um bom carro, teremos sorte. Não pedimos boa sorte, mas a sorte normal está bem», conclui Fernando Alonso.
Fotos: Aston Martin F1