O otimismo de Alonso dispara: “As últimas contratações nos permitiram redefinir expectativas”
Fernando Alonso prevê grandes sucessos para a Aston Martin, pois vê uma combinação de ferramentas e pessoal projetada para a vitória. O piloto espanhol também se vê refletido em Adrian Newey, que também nota obcecado por ganhar.
Desde Aston Martin chegam mensagens um tanto contraditórias. Por um lado, a cautela personificada em Adrian Newey, e a previsão de que 2026 chega cedo demais para uma equipe que ainda precisa homogeneizar todas as novidades dos últimos meses (túnel de vento, simulador, o próprio Newey, Cardile, reestruturação de Cowell, etc).
Mas, por outro lado, Fernando Alonso não pode evitar sentir-se muito animado com o que vem, pois percebe uma determinação para ganhar que considera fundamental para alcançar os objetivos da equipe. Objetivos que, por outro lado, são extremamente ambiciosos.
«Não fala com muita gente, mas ao mesmo tempo está sempre pensando e mexendo em coisas»
Alonso vê a luz no fim do túnel
Certamente tem algo a ver que o piloto asturiano é quem mais pressa tem para ganhar, já que aos 44 anos está perfeitamente ciente de que não é provável que permaneça na Fórmula 1 além de 2026. Talvez por isso, Alonso argumenta que «é preciso confiar na equipe e nas pessoas que temos na fábrica».
«As últimas contratações que fizemos e as novas pessoas que chegaram nos permitiram redefinir nossas expectativas e nossa motivação», prossegue, lembrando que «se você não vê nenhuma mudança quando a situação não é boa, então isso se torna um problema. Então você perde a confiança. Não vê a luz no fim do túnel».
Nada disso é o que está ocorrendo em Silverstone, no entanto. «Na Aston Martin o que encontrei é uma equipe e uma liderança que nunca estará satisfeita até ganharmos», afirma Fernando Alonso.
Newey, um líder para a Aston Martin
Outro aspecto que permite a Alonso confiar que tudo é possível a partir de agora é a presença de Adrian Newey. O bicampeão do mundo sabe bem do que é capaz, pois sofreu sua genialidade como rival durante muitos anos. E agora que começou a trabalhar com ele, entende a que se deve seu sucesso.
«Sem dúvida, é o melhor designer da história deste esporte e provavelmente ninguém alcançará nunca seus números», resume de início. «Sua forma de trabalhar explica alguns dos resultados que obteve. Ele tem uma maneira incrível de ver o carro como uma peça única que funciona em conjunto, não como dispositivos individuais que proporcionam desempenho».
«Ele é capaz de antecipar o carro completo como se fosse uma única peça. Parece ter tudo sob controle o tempo todo. Tem uma confiança em si mesmo que provavelmente nunca vi antes. Não se preocupa com as outras equipes, nem com outras filosofias, nem com outros designs. Acredita que o seu será o melhor. Isso me faz sentir muito seguro», sentencia Alonso.
Este ano, Adrian Newey tem estado focado praticamente 100% no carro de 2026. Mas pelo menos se permitiu o luxo de acompanhar a equipe no Grande Prêmio de Mônaco. E Alonso pôde ver em primeira mão sua metodologia.
«Newey veio a Mônaco para a corrida, estava na garagem. Não fala com muita gente, mas ao mesmo tempo está sempre pensando e mexendo em coisas. O aerofólio dianteiro aqui, a suspensão ali… Acho que ele é mais um artista do que um engenheiro», afirma Alonso.
Um Fernando Alonso que também se vê refletido no engenheiro britânico. «Quando estamos motivados, nos tornamos obcecados», conclui o espanhol, ansioso para competir pela primeira vez com um monoplaca projetado por um de seus raros ídolos.
Fuente: Mundo Deportivo
